sábado, 7 de junho de 2008

Em Busca de Olívia - Parte III - Daniel Pedrosa

Eu sempre fui um rapaz precavido, mesmo apaixonado, totalmente crédulo nessa fantasia macabra, desconfiava que pudesse me deparar com a decepção.

Foi por isso que trouxe uma ferramenta comprada e incrementada pelo mercado negro, onde sadismo é uma palavra comparada à diversão.

Com meu "brinquedo" e um dinheiro "extra", ganhei mais uma hora de diversão com ela.

Tirando proveito do meu jeito meigo, ingênuo e puro, pedi para que ela realizasse um último desejo meu. Com muita carícia e muita malícia, não demorou para que ela estivesse amarrada com suas belas e brilhantes pernas consideravelmente abertas para mim. Conferi para que estivesse bem presa e não escapasse.

Amordacei-a de tal forma, que deu para sentir um estralo em seu maxilar! No local onde estou com ela, pode se fazer muito barulho, ninguém notaria, mas essa puta vulgar, que tem prazer em realizar seu ofício, não teria direito a nem um grito.

Como uma aberração dessas ousa se camuflar de minha Olívia?

O "brinquedinho" que por sinal não mostrei a ela, deixei que a mesma contemplasse e me deliciasse com seu desespero estarrecedor.

E lá estava eu diante dela vestindo um cilício peniano, dotado com lâminas enormes, afiadíssimo, pronto para cortar qualquer pedaço de pele ao menor contato.

Ela se contorcia com imenso pavor, e seus gritos abafados pela mordaça se tornavam rosnados de agonia.

Lá estava sua genital aberta, balançando com seus desesperados movimentos, e a chama do sexo bestial, vingativo, intolerável e sangrento possuía meu ser.

Brinquei um pouco, sem machucá-la, estava me divertindo com seu medo e desequilibro.

Sem perceber já estava em cima dela, pronto para penetrá-la, tamanha força o ódio me dera que segurava a puta com grande facilidade.

O primeiro corte tinha que ser devagar, saboroso, como um casal de adolescentes românticos fazendo amor pela primeira vez.

Escorreguei sem dificuldade alguma pra dentro dela, a mercadoria era realmente de boa qualidade, deslizei dentro dela como se cortasse seda.

Seu rosnado abafado era sem dúvida o mais sofrido. Sua face ficou vermelha, com veias saltadas em sua têmpora, seguido de um par de olhos totalmente lacrimejantes.

Podia sentir seu sangue quente, escorrendo e espirrando em mim. A segunda penetração não foi de toda rápida, porém mais profunda.

Sua boca começou a espumar pela mordaça, seus olhos torciam e seus rosnados começaram a ter um som distorcido, como um gemido entorpecido.

O prazer aumentou de maneira drástica ao ver tamanha cena, me empolguei a tal ponto, que a penetrava cada vez mais forte. Mais rápido.

Quanto mais agia, mais queria. Era insaciável. O sangue passou a espirrar de forma descontrolada, seu corpo nem apresentava mais resistência, simplesmente sacudia com meu balanço, junto ao pouco de vida que lhe restava.

Enfim... Quando alcancei meu orgasmo ela já estava morta, e o meio de suas pernas apresentava uma obra de arte maquiavélica, uma cavidade de tamanho e profundidade horrendos, que mostrava o lado oposto de Deus.

Agora estou aqui satisfeito ao realizar mais uma grande obra, deitado aos pés de nossa cama, saboreando a essência de seu corpo, me alimentando do fluido que um dia lhe deu vida, a cada gota que escorre em meus lábios, me conheço mais, e descubro minha verdadeira compulsão.

Sei que jamais vou encontrar minha amada Olívia, minha musa, minha inspiração e vida. Porém entreguei-me a procurá-la e fazer justiça em cima das vadias que sujam seu nome, sua imagem, minha cria.

Afinal, o que é vida senão um ideal, um conjunto de opiniões e conceitos que compõem você em busca de um incansável objetivo?

Talvez valha a pena buscar, mesmo que não encontre o resultado que anseia, a jornada é o sentido da vida.

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